domingo, 6 de março de 2016

4 meses sem dinheiro na carteira (literalmente)

Há poucos dias completei o aniversário de 8 meses na Noruega e de 4 meses da minha conta em um banco aqui. Sei que é estranho pensar no tempo em que você tem uma conta bancária, mas foi um sacrifício conseguir uma - alguns meses com problemas com o visto, sem o visto você não pode ir ao banco, quando pode sãos 30 dias mínimos para conseguir abrir a conta... enfim, uma odisseia.

Também sei que aniversário de conta bancária não é um tema interessante, mas com ele completo outro marco que me impressiona: são 4 meses em que não saco, toco ou uso dinheiro vivo por aqui. Isso mesmo - eu nunca saquei dinheiro aqui na Noruega, nunca fui ao caixa eletrônico do meu banco e há 4 meses que não encosto em alguma coroa norueguesa.


Minha carteira: só cartões e o passe do transporte público


Antes que alguém pense que estou passando por algum problema financeiro, há uma explicação interessante - aqui na Noruega se paga TUDO com cartão de crédito/débito. Desde o bilhete do ônibus, ao pacote de bala, ou um selo no correio. Tudo.

Nos primeiros meses, quando ainda tínhamos coroas que havíamos trocado ao vir da Espanha, tivemos algumas compras recusadas por tentar utilizar dinheiro. Isso mesmo! Fomos comprar flores em um mercado de rua e, nas duas vezes que tentamos pagar com dinheiro, recusaram já que só aceitavam cartão. E o dinheiro estava trocado! Em um mercado de rua!

Pode parecer difícil de entender, mas é uma maravilha. Nas férias de fim de ano em que fomos à Espanha, senti falta da liberdade de não precisar de dinheiro vivo. É tão prático e descomplicado! De fato, aqui 90% das pessoas não tem carteira - levam apenas o celular e o cartão de crédito na capa do aparelho. "E se roubarem? Vai tudo junto?", eu pensava, ainda acostumada com a vida em cidade grande no Brasil.

A "carteira" dos noruegueses | via

Bom, aqui eles não contam com a possibilidade de serem roubados, é praticamente fora da realidade local. E se perder, quem achar te devolve. Já escutei várias histórias assim... E aí esqueço as diferenças e agradeço pela chance de viver em um lugar tão evoluído.

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